sexta-feira, 2 de março de 2012
Novo Amanhã
O ouro, da aurora, tão puro
surgindo no espaço sideral
derrete um sentimento tão denso e duro
neste meu pranto torrencial.
Minha alma sombria sepulta tédio mortal
nas reticências de um lamento,
qual pássaro que emudeceu no beiral...
O sol põe um ponto final neste tormento
Meu eu profeta surge no compasso do verso
e cerca-se de ondas de inspiração,
capta os sinais sutis do universo
com os olhos videntes do coração
Encontra prenúncios de um novo destino
pintados em sonhos cor de rosa...
E neste meu desvelo repentino
desabrocho qual delicada rosa.
E flor... espalho meu perfume
nas sombras móveis do jardim
fazendo da minha alegria um lume
nas nuances de minhas pétalas carmins.
Carmen Vervloet
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