Sou uma metade em pedaços
e outra metade inteira...
A que sobrou forte feito aço,
a outra costuro pelas beiras.
A vida me dividiu assim
e com ela luto todo o tempo!
Pedaços esgarçados no limite do fim
que recolho pelo acostamento.
Minha metade inteira duela com a vida
que insiste em abrir feridas...
Mas meu coração sempre perdoa
e a alma as perdas amontoa.
Tenho a alma marcada por cicatrizes,
mas meus olhos sorriem felizes
porque encontrei a mágica poção,
o amor que sobeja no coração
suavizando todos os
caminhos,
reduzindo neles os afiados espinhos.
Carmen Vervloet
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