O pensamento se repete
quais ondas que vem e vão.
O sono, qual pássaro fujão,
deixa a gaiola do corpo
e voa pra longe...
Os carneirinhos, cansados, berram
(já pularam a cerca mais de mil vezes)
e acordam os versos que dormem.
Os versos se levantam e me obrigam
a levantar também.
Tomam forma na telinha
e livres partem em busca
de um ninho que os acolha.
Mas o sono não volta,
indomável quer brincar sozinho
no quintal da lua toda cheia.
Carmen Vervloet
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