(Foto Carmen Vervloet)
Que tristes nódoas no
teu céu anil,
resíduos negros
rondam tuas praias
e nosso povo pacato e
gentil,
não reclama, não
grita, nem vaia!
Com as lembranças de
um longínquo tempo
este teu mar outrora em azul pintado,
ondulado pelo sopro
plangente do vento
chora a devastação de
um recente passado.
É tanto pó espalhado
em seus ares,
sinal do tempo que
chamam progresso,
que as vassouras
dançam aos pares.
E eu que amo tanto
esta nossa cidade,
escrevo versos
sombrios, confesso
indignada com a
inércia das autoridades.
Carmen Vervloet
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