E o Verbo se fez
carne,
mas o homem não O
reconheceu,
não percebeu o
fremente alarme
e sua alma permaneceu
envolta em breu.
Chegou o pequeno
menino pobre
nascido numa simples
estrebaria,
mas seu coração
sábio, rico e nobre
pulsou amoroso nos
braços de Maria.
Uma estrela no céu
deu o sinal,
um anjo anunciou aos pastores o nascimento,
na rústica manjedoura,
sem a pompa real,
nasce o Rei Salvador
de todo o tormento.
Neste natal, dia
vinte e cinco de dezembro,
festejamos mais um
seu aniversário
e nesta vida da qual
somos transitórios membros
o embate contra o
egoísmo, nosso maior adversário.
Nas nuances do nosso
habitual dia a dia
vamos volver os olhos
atentos e complacentes
para os sintomas do
mundo, suas dores e fotografias
com olhos de criança, plenos de esperança,
confiança inocente.
Carmen Vervloet
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