Com sua boca úmida
o mar beija a areia
e sua língua ávida
penetra pelas
cavidades dos recifes
tentando matar
seu insaciável
desejo,
deixando um rastro
de espuma branca!
Ah! Mas só Deus sabe
o que a areia sente
perdendo seu calor
naquele beijo frio,
impassível e morna
frente a tanto furor!
E beijo sobre beijo,
carícia sobre
carícia,
mas um único desejo,
o do mar...
Quem sabe a areia
sonha com mais
delicadeza!
Carmen Vervloet
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