O sol estende seu
brilho sobre a cidade,
nos ouvidos o frêmito
do vento nordeste,
meu coração à deriva
entre o sul e o leste
perdido entre a
superfície e a profundidade..
Não sei se eu vou ou
fico ancorada...
Mas anseio por aquela
doçura que não enjoa,
e se a vida estará
amanhã mais abreviada
creio mesmo que devo
tocar minha canoa.
Partir em busca da
força que não agride,
navegar seguindo o
rumo da intuição,
esquecer raiva,
mágoa, revide
e aportar onde pisque
a luz da compreensão.
Como cigarra pousar
sobre uma folha amarela
E cantar... cantar...
cantar... cantar...
Acompanhada por
orquestra de pássaros ou à capela...
cantar a alegria, a vida, até que me falte o
ar.
E então desfazer as
amarras, levantar âncoras, içar velas!
Navegar pelas
oportunidades com ousadia,
partir pelas ocasiões
favoráveis com empenho e sem tutela!
Carmen Vervloet
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