Hoje sou vácuo e vão,
o calor importuna
insistente
neste escaldante
verão...
Meu corpo pede que
vente.
A mente embotada nada
cria...
Queria ser alga no
mar,
rasgo os versos da
poesia,
ultimato do meu
pensar.
Se ao menos uma nuvem
perdida
viesse com chuva
molhar
a terra comprometida
que tolhe até meu
olhar...
Mas nada acontece no
espaço,
o meu tédio é enorme,
sem ritmo e sem
compasso,
o vento não sopra,
dorme!
Carmen Vervloet
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