Adeus, folha seca
que pousa silente no chão,
agoniza sobre a terra preta
pálida e sem reação.
Leva contigo o verde da paisagem,
leva também o esplendor,
leva um pouco da coragem
deste coração sofredor.
Ah... folha seca
como me pareço com ti!
Ontem fui violeta,
hoje seco buriti.
Perdoa-me, companheira,
se já não volvo a ti meus olhos
debaixo da tua mangueira
meu outono também desfolho.
Carmen Vervloet
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