A chuva bate na
vidraça
e canta com sua voz
de tenor,
as gotas deslizam cor
de prata
e incitam os pássaros
da mata
a aquecer ninhos de
amor.
A chuva respinga na
janela e
sobre a colcha em
seda amarela
nos instiga a namorar ...
Um casal de
apaixonados
num abraço,
aconchegados
deixando a chuva
afagar.
A chuva amiga,
tagarela
vai batendo na janela
até a madrugada chegar...
Nossos corpos ainda
ardentes,
despedem-se
complacentes
eternizando o momento
no olhar.
Carmen Vervloet
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