Minhas lágrimas em
queda d’água
duas torrentes de
prata
umedecem o seco chão.
As flores murcham
silentes
e as borboletas
ausentes
não voejam no
quintal.
Os pássaros cerram os
bicos...
Ouço um arsenal de
tiros
e este barulho
maldito
arranca de mim um
suspiro...
Morro de dor
junto ao animal
abatido
pela mão do caçador,
malvado infrator
que à preservação
das espécies em
extinção
não ouve o lastimoso
clamor,
nem tem no coração
ínfimos nacos de amor.
Carmen Vervloet
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