Vida, esta caixinha de surpresas,
num dia oferece
flores,
no outro oferece tristezas,
e traz junto uma carga
de dores.
Nela se há de ser
artista,
muitas vezes exímio alpinista,
desatar laços, remover pedras,
escalar montanhas,
retroceder às antigas êxedras,
engendrar inúmeras façanhas.
Mas há também de se cultivar hortênsias,
desfiar as tramas com paciência,
estar sempre aberto a
recomeçar
tecendo com aptidão o amor
única fonte de luz, vibração e cor,
sentimento verdadeiramente aguçador.
Carmen Vervloet
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