Busco sob uma
pitangueira,
(Ela já nem existe)
seis pezinhos sujos
de poeira
que eu beijava mesmo
assim...
E amava tanto, tanto,
tanto...
Que chegava a doer em
mim!
Foi um tempo que
passou
rápido demais!
Que se perdeu entre
horas encantadas,
muitas alvoradas,
o cantar da
passarada,
quebra potes e um
jardim!
O cheiro da inocência
exalava das noites enluaradas,
num lar onde a
harmonia
fazia sua morada.
Mas a infância é
fugaz
e o tempo a sorveu,
voraz!
Hoje eu busco este
tempo
num jardim que não
existe,
em lembranças que
persistem
gravadas no coração.
Meus meninos
cresceram,
mas o ouvido continua
a ouvir aquela canção
de ninar.
“Dorme neném do meu
coração”...
Carmen Vervloet
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