O tempo foi e voltou,
passeou pelos seus
cem anos,
por caminhos agrestes
passou
colhendo pérolas e
também desenganos.
Às bordas da manhã
sangrou as palavras
e em folhas brancas
expressou seus
sentimentos,
ora, com o sumo da
indignação,
ora, com o extrato do
mucunã
colhido na sobremanhã
do sedento sertão.
Foi homem apaixonado
pelas letras, pela
vida,
por sua Zélia Gattai,
de todos a mais querida!
Hoje, suas cinzas
adubam
uma mangueira no seu
quintal...
Enquanto seus
sentimentos eternizados
em tantos romances
giram mundo em espiral,
multiplicam-se qual
flores luxuriantes
ampliando os seus
leitores e amantes
num cenário
gigantesco e real!
Carmen Vervloet
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