A música me fez parar numa curva, lá atrás, na
estrada...
Trazendo lembranças dos natais da infância
Das expectativas e vigílias nas longas madrugadas
Quando a data era, para nós crianças, da maior
relevância.
O sapatinho, de véspera, colocado sob o pinheiro,
Todo enfeitado de bolas coloridas e neve de algodão
O curió anunciando o nascer do dia no abacateiro
E a certeza que Papai Noel teria entrado pela
chaminé do fogão.
O brinquedo pedido no bilhete escrito com apuro
Lindamente embrulhado em papel colorido e fitas
Bem-aventuradas as crianças de coração puro
Lugar onde a inocência sempre habita.
Hoje o natal já não tem toda aquela magia
Perdeu-a diante de sua comercialização,
Destruídas foram as lindas fantasias
E o vazio do seu sentido se alojou no coração.
Carmen Vervloet
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