Afago meu
destino,
Como afago
uma criança...
Com ele não
uso o tino,
Deixo que
prime a confiança.
Afogo minha
incerteza,
Deixo a alma
leve voar,
Ouso tantas
proezas...
Lanço para o
infinito o olhar.
Entre o luar
e a folhagem
Paira sempre
um segredo
A vida é
sopro, é aragem...
E nós para
ela, brinquedo.
Indecifrável
segredo...
Verdade de
ninguém!
A folhagem
do arvoredo
Espalha o
segredo de alguém.
Que me
importa o segredo
Se em mim
pulsa a alegria
E se a morte
chega cedo
Deixando-me inerte e fria?!
Confunde-se
o que por si existe
Com que o
destino provocou,
Mas meu
coração insiste...
Sou pássaro
que sempre voou!
Carmen
Vervloet
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