O poder endurece o homem fraco...
Coração de aço, lâmina de dois gumes
que fere e corta sem dó.
O poder embrutece o homem fraco...
Cavalo selvagem que empina, derruba,
pisoteia e defeca.
O poder cega o homem fraco...
Trator sem farol que atropela todo aquele
que se posta à sua frente.
O poder corrompe o homem fraco...
Estômago voraz que nunca se satisfaz,
deglute outros
homens
para satisfazer sua ambição.
O poder embriaga o homem fraco...
Deturpa a ética, encanta o vaidoso,
que derruba, pisoteia,
fere, mata,
crucifica,
mas um dia escorrega
na sua própria vaidade...
Morre e apodrece
nos subterrâneos da sua solidão.
Carmen Vervloet
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