sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Feliz Ano Novo!

Que vicejem as matas,
que jorrem puras as cascatas,
que a amizade seja um pomar
de bons frutos,
que a vida seja um paraíso absoluto!
Que o amor seja sol que aquece
 e teça o caminho em raios de alegrias!
Que nos demos as mãos,
 nos façamos fortes em união
e cultivemos o jardim
onde se colhe felicidade
com mãos cheirando à jasmim!

Já é Natal



Quando a cidade se veste colorida,

quando o clima favorece a reflexão,

quando os pisca-piscas instigam o espírito,

quando o “Jingle Bells” emociona o coração!

Quando a cozinha exala aquele cheiro gostoso de rabanada

e as crianças rogam para que as horas sejam abreviadas,

com o sapatinho sob árvore de natal na sala toda arrumada,

na esperança de que seus sonhos

caibam no tamanho da sua ilusão!

Quando o Menino-Deus sorri trazendo bênçãos e paz

e o mais duro coração é capaz

de doar afeto, carinho, delicadezas, afeição

e sem nenhuma outra razão envolver-se

totalmente no manto resplandecente do amor

oferecendo as mãos sem nenhum pudor!

Então já é Natal, Jesus nasceu no coração.

Carmen Vervloet




sábado, 15 de dezembro de 2012

Nascimento de Jesus

E o Verbo se fez carne,
mas o homem não O reconheceu,
não percebeu o fremente alarme
e sua alma permaneceu envolta em breu.

Chegou o pequeno menino pobre
nascido numa simples estrebaria,
mas seu coração sábio, rico e nobre
pulsou amoroso nos braços de Maria.

Uma estrela no céu deu o sinal,
 um anjo anunciou aos pastores o nascimento,
na rústica manjedoura, sem a pompa real,
nasce o Rei Salvador de todo o tormento.

Neste natal, dia vinte e cinco de dezembro,
festejamos mais um seu aniversário
e nesta vida da qual somos transitórios membros
o embate contra o egoísmo, nosso maior adversário.

Nas nuances do nosso habitual dia a dia
vamos volver os olhos atentos e complacentes
para os sintomas do mundo, suas dores e fotografias
 com olhos de criança, plenos de esperança, confiança inocente.

Carmen Vervloet






quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Natal... Tempo de Amor



 O natal entrou nos meus olhos de criança
dourado de sol como bolha de sabão
e se perpetuou nas minhas singelas lembranças
num pisca-pisca de luzes de imenso amor em ação

Imaginava que no berçário de um mundo conturbado,
nascendo Jesus do ventre da Virgem Maria,
jamais fosse ver tantos braços cruzados
diante da dor, da fome e da agonia.

Mas outra, hoje, é a realidade do mundo,
a terra é infecunda e não renasce, do amor, a semente
e entre lágrimas e suspiros profundos
vejo a decepção, a revolta e o sofrimento de tanta gente.

Papai Noel um velhinho simpático, mas cruel,
usado pelo selvagem regime capitalista
para poucos é só bondade, sorrisos e mel
mas a grande maioria é excluída da sua seleta lista.

Onde está o perfume do amor que exala das almas?
Onde estão os ensinamentos que nos trouxe o Menino?
Mãos estendidas... Vazias as palmas...
Jesus crucificado pelo egoísmo e seus desatinos.

 
Carmen Vervloet

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Soneto Dos Meus Setenta Anos



Eis que em minha vida chegou o inverno,
já não corro mais lépida pelos campos,
mas guardo em mim sonhos eternos,
iluminados por milhões de pirilampos.

Meus sonhos transpassam nuvens, montes,
minh’alma pirilampeando pelo curvo horizonte,
relembra os verões festivos e as primaveras,
 o sol radiante que transpunha minha janela.

Ninguém roubará de mim tamanha alegria,
nem as infindas lembranças que guardo comigo
eternizo-as nos versos da minha poesia.

É leve o peso dos meus setenta anos,
construí na caminhada um sólido abrigo
que revela as marcas do meu viver humano.

Carmen Vervloet


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Inavegável Coração

Corre um rio no seu peito,
mas tão vazio é este rio
ninguém é capaz de navegar...
Um barco intrépido
vagueou pelo seu leito
a procura do seu mar...
Mas o rio é tão vazio
que fez o barco encalhar,
desfolhando o amor,
 antes mesmo de brotar.