sábado, 29 de dezembro de 2007

ANO NOVO PEREGRINO

Ano Novo Peregrino

Sinto-me eterno peregrino
Caminhando pelo tempo
Sou meu próprio destino
Vou e volto
Num estalo do pensamento...
Morro a cada
Trezentos e sessenta e cinco dias
E renasço entre sonhos e euforia...

Morro levando comigo
As tristezas, os desencantos...
As dores, os prantos...
Porque enquanto vivi
Muitas oportunidades, perdi...

O relógio bate doze vezes...
Anuncia à meia noite...
É hora do meu enterro.
Sepulto junto comigo...
Angústia e desespero...

Mas a minha sabedoria
Ditada pela minha idade
Sopra-me sempre a verdade...
Uma nova realidade...
E renasço para fazer acontecer
O que deixei de dizer
Ou quem sabe antever...

Renasço e volto em barca
De nuvens brancas...
Leves... Soltas...
Puras... Pleno de autoconfiança...
Trago a paz e a bonança...
Junto com a esperança...

Entrego um a um o meu presente...
Com o qual, cada qual,
Desenhará o seu futuro...
Optando entre ser infeliz ou feliz...
Entre a mágoa ou o perdão...
Entre estar sozinho ou dar a mão...
Entre o partilhar ou a ambição...
Escolhendo entre a rua escura
Ou o sol que se insinua...
Em raios de ternura...

E cada um seguirá o seu caminho...
Transformando-o em belo jardim...
Arrancando as pedras... Os espinhos...
Perseguindo seus sonhos... Assim!...
Enquanto a noite descansa
Nas franjas da lua
E aguarda o alvissareiro despertar
Do seu coração...
É dentro dele que cochila
A sua felicidade!...

Carmen Vervloet



ADOTE A FELICIDADE

Adote a Felicidade

Quer um lindo Ano Novo?
Rico de alegrias, prazeroso?
Simples e gostoso
Como pão com ovo?
Brilhante como o sol...
Suave como o luar...
Sementes a germinar
Em terra fértil
Coberta por céu anil
Que chora a chuva
Que cai em gotas borbulhantes
De vinho espumante de uva?

Abra a janela
Deixe o sol entrar...
Abra seus olhos
Deixe-os enxergar o essencial...
O invisível...
No espaço sideral...
No seu corpo astral...
Respire fundo...
Abra seus braços...
Abrace o mais que puder
Do mundo...
Sorria para a vida...
Cante sem pudor
Pela avenida...
Doe-se sem medida...
E depois se aquiete... Faça silêncio...
Para que a felicidade
Que está sonolenta
Em seu coração
Ouça a sua oração
E se dê em adoção
A você
Neste Ano Novo
De luz, energia e ação...

Carmen Vervloet

QUER SER FELIZ?

Quer ser Feliz?

Abra a janela
Deixe o sol
Entrar em sua vida...
Ele é bálsamo...
Cura a ferida...
Desperta
Suas melhores
Sensações...
Penetra em seu coração
E acorda o que
Dentro dele cochila...
Num compartimento esquecido...
Num dia cinza... Esmaecido...
Desperta o imprescindível
Para a felicidade...
O simples... O puro... O belo...
As pequenas coisas do dia a dia...
Deliciosas como balas
De caramelo...
E faz florescer a partícula
Do Deus Criador
Que você sufocou!...
Só ela leva ao amor!...
Neste Ano Novo que principia...
Sem alarde... Sem euforia...
Com calma, paz, harmonia!...

Carmen Vervloet

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Natal - Eu ainda não encontrei o que preguei...

EU AINDA NÃO ENCONTREI O QUE PREGUEI

Eu caminhei de um lado a outro...
Atravessei continentes...
Procurei nas aldeias distantes...
E também no centro das metrópoles...

Mas ainda não encontrei o que preguei...
Procurei no sorriso da criança...
Ou na consciência do adulto...
Em cada vulto... Um indulto...
Uma esperança...

Mas ainda não encontrei o que preguei...

Viajei... Naveguei...
E novamente solucei...
Pelo que não encontrei...
Uma paz em uníssono...

E ainda não encontrei o que preguei...

Voltei em silêncio...
Vi tantas guerras... Tanto calafrio...
Tanta morte anunciada em vida...
Vestida de Midas...

E ainda não encontrei o que preguei...

Vasculhei as cidades...
Vi tanta desigualdade...
Mesas cheias, frutas importadas...
Árvores coloridas, tão iluminadas...
Enquanto em tantas casas falta
O pão de cada dia...
Morrendo de fome tantos Josés e Marias...

E ainda não encontrei o que preguei...

Percorri todos os distritos...
Vi crianças pedindo esmolas...
Crianças sem escolas...
Rostos contritos... Pais aflitos...

E ainda não encontrei o que preguei...

Procurei por todas as ruas...
Vi tantas almas nuas...
Adolescentes drogados, abandonados...
Idosos nas calçadas jogados...
E ainda não encontrei o que preguei...

Fotografei cada coração...
No lugar da alegria e do perdão
Só enxerguei mágoa e tristeza...
Vi muita dureza e aspereza...

E ainda não encontrei o que preguei...

Ainda não encontrei o que procurei...
Um eco constante a cada ano...
Que ressoa aos meus ouvidos...
Vem-me o desânimo...

Os ideais de fraternidade...
Irmãos dêem-se as mãos...
Não fiquem na contramão do amor...
Semeando angústia e dor...

Porque o que preguei...

Foi à festa da libertação...
A igualdade entre os homens
Sem discriminação...
O direito à vida...

Toda gente por mim foi redimida!

Porque o que preguei...

Foi o direito a conscientização...
A luta para extinguir o mal...
E o desejo de um mundo ideal...

Porque o que preguei...

Foi o grito de protesto a opressão...
O dia a dia lutando com ardor...
Para a morte da miséria...
Para a ressurreição do amor...

Eu preguei a paz... O respeito... O amor...

E como nada disso
Entre os homens encontrei...
Continuo procurando o que preguei...

Carmen Cecília & Carmen Vervloet


Veja esta poesia em vídeo.


domingo, 16 de dezembro de 2007

Natal do Menino Deus





Natal do Menino Deus

Natal!
Jesus nasceu!
E o homem esqueceu!

O homem vive a se aturdir
Ele já não pode ouvir!...
O homem só quer ganhar
Ele já nem se lembra de partilhar!...
O homem quer intensamente viver
Ele já não pode ver!...
O homem não consegue falar
O medo o faz gaguejar!...

Natal!
Jesus nasceu!
Mas o homem não percebeu!

Jesus falou:

Homem,
Abra seu coração
E fique à espreita com atenção
Vim sob a forma de mendigo
E preciso urgente ser reconhecido.

Homem,
Abra seu ouvido
Ouça o clamor do povo sentido
Que grita a fome
Que mata e consome!...

Homem,
Abra a sua inteligência
Deixe que fale a sua consciência.
Eu sou a justiça, a verdade, o amor,
Misturo-me em tudo, na alegria e na dor.

Eu sou aquele jovem incompreendido
Que no vício, procura à vida dar sentido.
E sou a criança em formação
Que tantas vezes se perde na escuridão.

Homem,
Eu estou em tudo
Não me pise, deixe-me brotar...
É Natal, eu nasci!...
Vim, porque quero ajudar!...

Hoje é dia de amor
Pense homem, em seu grande valor...
Abra seus olhos,
Abra seus ouvidos...
E estará como eu o quero...
Comigo!...
Juntos, de mãos dadas pela vida,
Quanta coisa bonita a ser erguida...
Coisas que só o amor consegue construir
Quando o manto do egoísmo, você deixar cair!

Natal,
Jesus nasceu
E o novo homem
O recebeu!

Carmen Vervloet




Protestando Com Poesia


http://www.youtube.com/watch?v=svaffnY2F6A


Protesto da Alma

No estalo do meu grito
Perdendo-se no infinito
O meu coração implora
Para que se comece nova história.
Uma história em outra dimensão
Onde honestidade, ética e liberdade,
Sejam de fato verdades
Num mundo onde tudo mudou
Onde só o poder tem valor
E nós só temos o que resta... Dor!
Os valores foram invertidos
Foram todos corrompidos
Pelo peso do vil metal.
O Poder se tornou canibal
Animal irracional
Perdeu a alma.
E nós a calma!
Está roubando a esperança
Dos jovens, velhos e crianças!
Diante de tanto desengano
Grito... Reclamo...
E proclamo para que se faça verdade
Esta ilusão
Neste Brasil sem dimensão
Onde a medida é o nosso amor.
Este Brasil de céu anil...
Este Brasil cheio de cor...
Este Brasil ensolarado...
Este Brasil tão amado...
Este Brasil gigante...
Destruído por ganância alucinante.
Quero de volta os reais valores
Guerra aos impostores.
Quero a honestidade, a ética, a verdade...
Quero para os corruptos, punição!
Quero paz e oração.
Quero homens exemplares...
Quero fartura nos lares...
Quero para todos, educação!
Quero o país em evolução...
Quero homens idealistas
E não meros alpinistas.
Quero voltar a ver o sorriso
Acendendo os rostos...
Quero os corações iluminados
Batendo de alegria, acelerados!
Quero voltar a ver em cada par de olhos,
A esperança!

Quero sentir das almas, a fragrância!
De rosas plenas, em exuberância!
Quero sentir no corpo, a aragem!
E do alto acariciar a folhagem...
E viver em paz
Num Brasil sem violência...
A Deus peço clemência!

Carmen Vervloet





Cidade Sem Cor

Cidade Sem Cor

Com seus olhos de progresso
A cidade caminha
Pelas minhas veias
Com seu andar assassino.
Percorre meu corpo
Que resiste
Com seu jeito menino
Que teima em acreditar
No homem... Em Deus...
Na verde esperança
Que se mistura ao cinza
Da poluição...
Ao negro do petróleo... Do minério...
Indício de morte... Cemitério...
Sinto cada pedaço de mim
Arrancado do meu ser...
Num triste padecer
Entre lamentos e dor...
A cidade está sem cor!
E meus olhos vermelhos
De tanto chorar!...
Ruínas... Destruição...
Sinto-me um corpo estranho
No corpo da cidade aniquilada...
Mas não perco a fé!...
Não me rendo!...
Acredito nesta nova geração
Atenta...
Ela nos libertará do caos...
Disseminará o mal...
E embarcará nesta nau
Quase naufragada...
E com a força do seu jovem coração
Segurará com firmeza o timão
Na perspectiva de uma vida futura
Reerguerá com outros ideais
E nova arquitetura, esta cidade...
Com zelo... Respeito... Devoção...
Enquanto resisto... Liberto meus versos...
Estes, a poluição, não pode me arrancar...
Liberto-os devagar!...
Para que ecoem no ar
Num grito de socorro
Enquanto aos poucos... Morro.

Carmen Vervloet

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Terceiro Ensejo da Criança (Aquecimento Global)








Terceiro Ensejo da Criança
(Aquecimento Global)

Passaram-se alguns anos...
Já não posso chorar tantos enganos...
Minhas lágrimas se evaporaram...
Junto à terra, secaram...
Tudo virou deserto... Dias incertos...
Estou perplexo!...
O mar aumentou seu volume
E revoltado devorou
O que o homem dele roubou.
As cidades litorâneas desapareceram
Em meio a sustos e desalento...
Já não existe encantamento...
Já não reconheço o verde das florestas...
Hoje tudo é cinza...
O fogo brota da terra
Num clima de guerra!
A minha luz se apagou...
Voou com a esperança da minha criança
Junto à água potável que se esgotou...
Estamos morrendo à míngua!...
Fracos... Magros... Desidratados...
Maltratados... Famintos...
E tudo o que sinto
É um imenso desespero
Entre dor, revolta, destempero!...
Nós as crianças de ontem...
Seu neto... Bisneto... Filha...
Caídos nesta armadilha
Nesta desértica ilha!...
Sem alimento... Sem ação...
Sem água... Sem solução...
Só dor... Sem cor...
Já não me lembro da flor...
Do seu perfume...
Tudo cheira a estrume...
Esqueci qual foi meu derradeiro banho...
E o meu último sonho...
Brigo por um copo de água...
Dentro de mim só medo e mágoa...
Terremotos... Maremotos...
Ciclones... Tufões...
E a sede que me consome!...
Hoje só me resta o verso do poeta
Que num grito de alerta
Profetizou o fim
Que eu jamais escolheria para mim!...



Carmen Vervloet

Segundo Ensejo da Criança (Abandono)

Segundo Ensejo da Criança
(Abandono)

Mas se moram nas ruas
Dormindo em calçadas...
Sem teto...
Sem roupas...
Nuas...
Sozinhas... Abandonadas...
Em drogas viciadas...
Buscando o torpor
Para substituir o famigerado amor!...
Roubando o pão que lhe foi negado...
Direito seu, usurpado...
Por governantes inescrupulosos
Que se mostram bonzinhos
Mas tiram-lhes tudo...
Até o carinho!...
Tristes... Desesperançadas...
Almas revoltadas!...
Sem escolas, sem profissão...
Sem banho... Pés no chão...
Sem saúde... Doentes...
Como pretender que sejam decentes?
E assim vão se formando os marginais
Na escola da miséria...
Do abandono...
Onde quem deveria ser o patrono
É o ladrão
Que põe a culpa no mordomo
Dando como solução
Presídios em edificação!

Ah! Meu Brasil amado!...
Você precisa de políticos ponderados!...
De homens sensíveis... Iluminados!...
Berçando sonhos jamais realizados!...
Acendendo a luz em corações
Tão machucados!

Carmen Vervloet


Primeiro Ensejo da Criança (Sua pura essência)

Primeiro Ensejo da Criança
( Na sua pura essência)

Luz...
Nascente...
Semente...
O amanhã...
Alma sã...
Porvir...
Aurora...
Esperança nas futuras horas...
Outra história
Na vitória de valores reais...
Rosas imperiais
Exalando seu perfume
Outros costumes...
Renascimento do respeito
Outros conceitos...
Renascimento da honestidade...
Bondade...
Paz...
Porque só ela é capaz
De ressuscitar o amor
O eterno valor
Que pode mudar a vida
Num avizinhado alvorecer!

Carmen Vervloet

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Se todos fossem iguais a você

Se todos fossem iguais a você

A vida seria venturosa
O caminho seria calçado
Quantas pétalas de rosa
Secando o pranto entornado!

O sol seria sempre brilhante
Iluminando o meu sorriso
Meus olhos refletindo este instante
Doçuras do paraíso!

E eu assoviando canções de amar
Minha alma, uma lua a flutuar,
Volteando com graça no espaço
Envolta pelo anil do céu
Leve, solta, feliz,
Sem lentes, ao léu...

Verdades do coração
Verdades que ninguém vê
Jorrando pura emoção
No reflexo de você!

Carmen Vervloet

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Teus Lábios


Teus lábios

Teus lábios tocam os meus lábios
Roubando um beijo inocente
Mas meu coração que é sábio
Reconhece um sabor diferente!

Sabor de morangos pequenos
Orvalhados pelo sereno
Que acorda meu desejo
Em acordes de realejo!
Faz tremer o meu corpo
Deixa meu coração louco!

Minha sorte está lançada
Início de caminhada
No escuro da madrugada
Contra o tudo ou o nada
No desconhecido da paixão
Na cegueira da razão...

Entrego-me sem medo
Atiro-me qual bêbado
A este sentimento que surge
E me aturde...
Na vibração do meu corpo...
Na essência deste horto...
Eu aspiro ardentemente você!

Carmen Vervloet

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Sedução

Sedução
Ela veio e me deixou assim
Sem ação...
Sem razão...
Sem solução...
No escuro da madrugada
Entre o tudo e o nada
No frêmito da paixão
Ondas em vibração
Meu corpo eletrizado...
Magnetizado!
Sonhando contigo ao meu lado
Esse corpo que está acostumado
Com seu toque...
Seu jeito moleque...
Que me enlouquece...
Que dedilha a minha pele
Como se fosse violão
E me faz entrar
Num curto-circuito de tesão
Um vendaval de emoção!
Um encontro ora com fúria...
Ora com ternura...
Sempre um do outro a procura...
Os corpos se ajustam...
Colam-se...
Num vai e vem...
Buscam-se...
Sentimentos em agitação
Alterando nossa respiração
Corpos suados... Molhados...
Plenos... Acasalados...
Unificados... Abençoados...
Coração junção da mesma sensação
Embalados agora pela canção
De uma mágica sedução!
Carmen Cecília & Carmen Vervloet

domingo, 28 de outubro de 2007

Teus Lábios

Teus lábios

Teus lábios tocam os meus lábios
Roubando um beijo inocente
Mas meu coração que é sábio
Reconhece um sabor diferente!

Sabor de morangos pequenos
Orvalhados pelo sereno
Que acorda meu desejo
Em acordes de realejo!
Faz tremer o meu corpo
Deixa meu coração louco!

Minha sorte está lançada
Início de caminhada
No escuro da madrugada
Contra o tudo ou o nada
No desconhecido da paixão
Na cegueira da razão...

Entrego-me sem medo
Atiro-me qual bêbado
A este sentimento que surge
E me aturde...
Na vibração do meu corpo...
Na essência deste horto...
Eu aspiro ardentemente você!

Carmen Vervloet


sábado, 27 de outubro de 2007

Comentário sobre Projeto Literomusical



Foi lindo ver as fotos e ler o texto e a poesia. Quiz registrar meu comentário, mas não consegui. O fato, foi que vi poesia no canto, em cima, em baixo, no meio, nos quatro cantos. Nas rimas, nos sons, nas falas, nos tons. No sorriso dos lábios, no brilho dos olhos. Quem brilhou mais? Impossível responder. Tudo harmonioso, sincronizado, luminoso, a iluminar e resplandecer no coração e na alma de todos nós. Creio poder falar por todos. Obrigada
Queria ter deixado este comentário no blog, mas não consegui.
Abraços

Eleonor Machado
Obrigada Eleonor, pelas palavras carinhosas e principalmente por ter abrilhantado o nosso encontro com a sua presença.
Carmen e Ava

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Projeto Literomusical


Olá amigos,
Realizamos, Ava Araujo e eu, mais um evento literomusical, numa noite cheia de música, poesia, alegria e muito calor humano.O programa foi iniciado com o show da cantora Waleska Santos, voz e violão, quando apresentou músicas da Bossa Nova e MPB, recebendo muitos aplausos de todos os presentes.Na segunda parte do programa a brilhante professora Marilena Soneghet fez uma palestra sobre Cecília Meireles, tocando fundo cada coração, arrancando aplausos emocionados e abraços carinhosos tal à beleza do seu texto: Do Fundo do Espelho.Na terceira parte do programa os comes e bebes e as canjas dos artistas e poetas presentes.Presença dos amigos Simone Devéns, Sandra Vervloet, Jaime Larica, Lurdinha Di Ferola, Juraci Vivacqua, Honório e senhora, Maria Tereza Emery, Adauto Colnago e senhora, Lia Leal, Dalza Calazans, Carmen Pretti Vervloet, Pádua e Jô Drumond, Eleonor Machado, dentre outros.

































































































Breve currículo literário:

Marilena Vellozo Soneghet Bergmann. Vila Velha /ES. Poeta.

Formada em Pedagogia e Didática pela Fac. Filosofia e letras do ES (FAFI)
Membro da Academia Feminina Espírito-santense de Letras - cad. 13
Membro da Academia de Letras Artes e Ciências de Osasco /SP - cad.21
Membro do Instituto Histórico e Geográfico do E.Santo.

Principais publicações:
Nas Asas do vento (poesia 94)
Trança (crônicas) 2001
Trilogia : 1. Castelã da Lua – 2. Claridade – 3. De Silêncio e de Ânforas - 2004
Trevo de 4 folhas ( haicais - 4 autoras, 98)
Canzoni d' amore (4 autoras - poesia, bilingüe italiano-português, 99)
Poemar (poemas sobre o mar - coletânea reunindo acadêmicas da AFESL)
A Poesia E.santense no séc XX – Edit. Imago
Antologia de Escritoras Capichabas (org. Francisco Aurélio)
A parte que nos toca (org. Reinaldo S. Neves)
Instantâneo (org. Reinaldo S. Neves)
Escritos de Vitória (série – Pref.)

Disco - Letrista (6 faixas) no Disco "Ouro e Mel" de Glória Gadelha com arranjos de Sivuca – 2000.
Parceria no disco “Tinto e Tropical” (G. Gadelha e Sivuca) – em 3 faixas.
Viagem pela literatura – história infantil (1 faixa) “Era uma vez um lugar... Juçara”

Teatro - Prêmio “Pernambuco de Oliveira” - Dramaturgia - Sec. da Cultura do ES - 99: 1o. lugar - categoria infantil - “O Espantalho do Mané”

Como “globe trotter” vivi sete anos fora do Brasil (Peru, Alemanha 2 vezes – Espanha) tendo viajado (principalmente acampando), por toda Europa, Brasil e Perú - buscando ruínas de civilizações pré-colombianas, em riquíssimas experiências, aventuras e aprendizado.














sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Eu sei que vou te amar

Eu sei que vou te amar

Mesmo com todos os desencontros
Mesmo com obstáculos entre nós
Mesmo que a distância não permita
Mesmo sem poder ouvir a sua voz
Eu sei que vou te amar...
Por toda a minha vida,
Eu vou te amar...

E sonhar com nossos beijos quentes
Labaredas a queimar nossas bocas
Ouvir a sua voz de emoção rouca
Soltando vibrações de prazer... Loucas!...
E aquele imenso bem querer
Unindo nossos corpos sem defesa
Amarrados no laço
De um apaixonado abraço!

Ah!... Quantas lembranças
Guardadas no vazio do meu peito!
Infinitas carícias... Delícias
Deslizando sobre anacaradas malícias
Atraindo com afagos,
Fonte de prazer, sensações harmoniosas,
Vida plena... Riso solto... Paz... Concórdia...

E neste momento
Este amontoado de lembranças
Como pétalas de rosa
Sopradas pelo vento
Espalham-se sobre minha cama vazia
Misturando-se as amareladas fotografias
Que clicaram o nosso tempo
Hoje distante...
Deste nosso amor ausente
Que foi presente
E de repente
Aconteceu a despedida
De dois corações apaixonados
Separados pela caprichosa vida!...

Mas que vão se amar
Para sempre
Ultrapassando os limites
Do tempo e espaço!
Amarrados no laço
Do eterno abraço
Do amor!

Carmen Vervloet

Novo Vídeo

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Homenagem aos Professores



Magia do primeiro professor

Piscando estrelas, rompendo auroras,
Lançando ao ar seus primeiros balões
Recheados com lumes do aprender
A menina que entoava cantigas do amanhã
Sorria o seu presente e antecipava
Em sonhos o seu futuro.

Feliz e curiosa no seu novo entendimento
Dedilhava as letras como se fossem cordas
De um sonoro violão.
Bordava palavras, tirava som das sílabas,
E tudo juntava em frases de amor...
Sem deixar que uma só letra
Se perdesse no desmedido espaço!
Feliz entre a magia e a sedução!

O ídolo que transformava em prosa
Todo o imaginário...
E em versos o desconhecido...
Era simplesmente seu primeiro
Professor!

Carmen Vervloet

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Saudade de Você



SAUDADE DE VOCÊ

Guardo você em minhas lembranças
Sinto ainda o gosto de seus beijos
As suas mãos fortes acariciando
Meu corpo lânguido, voluptuoso...
Bem baixinho, saindo do som,
“Eu sei que vou te amar”
De Vinicius e Tom.
E os nossos corpos se entrelaçando
Tremendo de paixão
E depois só o bater acelerado
De nossos corações
Cheios de amor, ilusões...
No mais, só o silêncio.
Hoje apenas uma imensa saudade
Hoje lembrança de doce realidade
Que se foi com o tempo
Mas que ilumina minha alma
E me faz gritar para o mundo
O quanto foi bom ter você.

Carmen Vervloet

sábado, 6 de outubro de 2007

Jantar na casa do amigo Cariê

Grupo de Amigos


Cariê e seu amigo Evanilo Silva.

Peranzzetta, Eliana Peranzzetta, eu, Mauro Senise e Cariê.


Eu, o grande pianista Peranzzetta e a cantora Ava Araujo.




Cariê e Mauro Senise






Cariê Lindenberg recebeu um grupo de amigos depois de show no Teatro Carlos Gomes onde se apresentaram os músicos cariocas Gilson Peranzzetta e Mauro Senise, dentre muitos outros.
Foi uma noite inesquecível com a presença de muitos músicos e amigos, regada por vinho e Whisky onde o prato principal foi a tradicional Torta Capixaba.





Mauro Senise e Cariê

Aniversário da amiga Ava Araujo
















Neste 03/10/07 foi comemorado o aniversário da cantora Ava Araujo no Scott’s Bar com a presença de muitos amigos.
Fomos presenteados pela aniversariante com um show do Duo Esquina Brasileira, Ava Araujo (voz) e Fabio Calazans (guitarra)
A cantora Ava Araujo e o guitarrista e violonista Fábio Calazans formaram recentemente o Duo Esquina Brasileira que tem como proposta de trabalho um som refinado, um repertório de qualidade e diferenciado dentro da MPB. Com uma longa experiência profissional em suas carreiras individuais, eles agora buscam novos caminhos para mostrarem um pouco dessa vivência na música brasileira, suas afinidades, suas predileções harmônicas e melódicas, além do cuidado com o trabalho a ser mostrado.
Fez parte de seu repertório canções de Tom Jobim, Ary Barroso, Edu Lobo, Baden Powell, dentre outros.

sábado, 29 de setembro de 2007

Veja meu Slide Show!

Veja meu Slide Show!

Canário Brasileiro


Reverso da Criação

A minha loucura me projeta
À espaços utópicos!
O meu amor louco
Impede-me de viver a densa realidade...
Onde homens matam homens...
Onde governo rouba o povo...
Onde Josés e Marias morrem dentro de Hospitais Públicos
Ignorados...
Sem atendimento...
Onde crianças são dizimadas pela fome...
Onde a ignorância programada
Defende o voto a mão armada...
Onde a justiça só é feita
Para os fracos...
Onde a impunidade impera...
Sinto-me um frágil canário verde - amarelo...
E tento com meu pequeno bico,
Apagar o grande incêndio,
Fazendo a minha parte.
E em meio a tanta loucura
O que me apazigua,
Não me tortura!
E então escrevo versos,
Loucuras de minha alma
Que amenizam um pouco a dor que sinto!
Mas não consigo conviver
Com tanto desamor!...
E sei que os gritos de protesto
Que ecoam de minha louca poesia
Só servirão para despoluir
Um pouco mais a natureza
Assassinada aos poucos pelo homem.
Reverso da Criação!

Carmen Vervloet