quarta-feira, 18 de maio de 2011

BOUGANVÍLLEA


Flor lilás, imagem pura de infância!
Espelho calmo, onde bóiam boas lembranças,
leve contigo essa insistente ânsia.

Meus pensamentos de mágoa
que na noite espantam o sono,
afogue-os nas profundezas da água!

Leve-os como folhas mortas
desprendidas da árvore da vida
e me abra uma outra porta.

Leve mágoa, leve amargura
Leve a insônia que desgasta,
Leve esta dor que perdura.

Carmen Vervloet

RESULTADO DO 7o CONCURSO LITERÁRIO DO SITE POEMAS DE AMOR


(TRANSCREVENDO DO SITE POEMAS DE AMOR)

Resultado do 7º Concurso Literário de Poemas de Amor.

Tema: “As Faces do Amor.”

Bom dia poetas amigos.

Como comentei no site. Tivemos vários empates, em contato com a bancada de júri, ficou decidido que manteria os empates, resultado da votação de 11 profissionais da área literária, mais a administração, totalizando 12 votos de 10 pontos máximos.

Faz-me justo comentar, que as maiorias dos poemas não obedeceram ao que se esperava do tema, portanto da-se ao poeta o livre arbítrio de interpretação.

Sabemos que o amor é infinito assim como tuas faces e forma de inspiração.

Para um próximo concurso foi sugerido pela bancada de júri manter um tema mais sucinto e explicativo, assim podemos chegar com os concursos as tão sonhadas coletâneas, mantendo um tema segmentado.

Quatro empates do primeiro lugar todos com 116 pontos

1º - As faces do Amor “Sobre o Amor..." - Carmem Lucia - (116 Pontos) 1 vídeo editado por Enise, patrocinado pela Escola de Artesanato.

1º - Amor também é comprometimento - Carmen Vervloet (116 Pontos)
1 vídeo editado por Enise, patrocinado pela Escola de Artesanato.

1º - O Amor em Branco e Preto" - Nailde Barreto (116 Pontos)
1 vídeo editado por Enise, patrocinado pela Escola de Artesanato.

1º - Amocê Geraldo Trombini (116 Pontos)
1 vídeo editado por Enise, patrocinado pela Escola de Artesanato.

Os premiados na categoria “Contos”, poderão escolher um de teus poemas para edição, favor fazer contato por minha página.

2º Lugar
Pintando o amor Edson Milton Ribeiro 114 Pontos Prêmio CD Instrumental Praise 1

3º Lugar
O amor é divino Elias Akhenaton113 Pontos Prêmio CD Eduardo Lages - Emoções

4º lugar
Sinto saudades de você Ceci_Poeta112 Pontos Premio DVD Kenny G - Live In Concert

4º Lugar
Nossa Casinha Leonardo André112 Pontos Prêmio CD Kenny G - I'm in the Mood for Love...The Most Romantic Melodies of All Time

5 ºLugar
O que será o amor Dirceu Marcelino 111 Pontos Prêmio Livro Leite Derramado de Chico Buarque

6ºLugar
Mas uma coisa não mudou Arnault 110 Pontos Prêmio Livro Conto do Amor de Contardo Calligaris

Mesmo não tendo cumprido o tema, um poeta se destacou pela tua forma espontânea de se comunicar com os leitores. A pedido do júri recebe premiação de melhor destaque literário neste nosso 7º Concurso de Poema de amor
Deni Píàia Prêmio Livro A Cabana de William Young

Todos receberão um e-mail onde deve comunicar o endereço para receber o premio, devendo postar um comentário neste artigo o protocolo de recebimento, que se dará a contar de pelo menos 15 dias úteis para o recebimento dos mesmos, doados por simpatizantes do site.

Agradeço a todos os poetas participantes por ter feito deste, mais um evento de sucesso de nossa casa de poetas, de Poemas de Amor.

Grande abraço
Fernanda Queiroz

terça-feira, 17 de maio de 2011

VAGANDO NO INFINITO


Minha alma foge de mim
e vaga por sobre o mar!
De mãos dadas com a brisa
afasta-se do meu olhar.

Eu, um trapo! Que contraste!
E ela menina a sonhar...
Pendura-se num raio de luar,
faz travessuras no ar!

Leva em suas feições a eternidade,
Linda! Parece miragem...
No infinito faz sua alegre viagem,
mas volta para o seu lugar.

Volta envolvida em pó de estrelas,
e eu que já nem mais queria vê-las,
coberta por migalhas de sol posto,
abro os olhos e transformo em versos
aquele plangente desgosto!

Carmen Vervloet

segunda-feira, 16 de maio de 2011

UNIVERSO


Nuvens que choram chuva,
chuva que molha a terra,
terra que pare vida,
vida que dá vida
a tantas outras vidas...

Finitas existências
que brotam da essência
do universo infinito!
Imensurável... desconhecido...
Convite, sem limite...
Reina soberano na sua magnitude!
Enquanto nós, pobres poetas efêmeros,
seremos lembrados apenas
por poucos versos,
fragmentos de nossa alma
espalhados na vastidão
do magno (uni)verso!
Um traço delineado
no infinito espaço!

Carmen Vervloet

RECANTO DO TEMPO




Quando pensamos que veloz caminhava o tempo
sem dó de nós, pobres e frágeis mortais,
descobrimos o seu refúgio, o seu templo,
entre árvores, córregos, flores e animais.

A natureza exuberante intocada,
pela mão que quando toca, tudo aniquila,
pássaros bailando em bandos nas revoadas
orquestrando a vida que nasce tranquila.

O silêncio, a paz, a ímpar beleza
parecem que surgem ao abrir das flores,
na alvorada pincelada com singeleza,
num arco-íres tingido por suaves cores.

Lá começamos a construir nosso ninho
que sonhamos seja de alegrias permanentes,
ciscando as alegrias, como passarinho,
sugando o néctar da felicidade, calmamente!

Carmen Vervloet

domingo, 15 de maio de 2011

TANTAS FACES!


Se do amor eu sou cativa
é porque meu sentimento não morreu
e por menos que eu ainda viva
permitirei sempre que seu fulgor envolva meu eu.

Busco-te, amor, em muitas faces...
Desvendo-as entre dor, alegrias e solidão
e por mais que o egoísmo te disfarce
encontro-te com a luz do coração.

Busco-te nas ruas, nas favelas,
busco-te nas mãos que oferecem o pão,
busco-te nos palácios ou nas capelas,
busco-te em toda e qualquer dimensão.

Mesmo que alguns digam que não és nada
vou caminhando em tua direção...
E na face do Cristo ensanguentada
clareio mais e mais minha visão.

Nas pegadas do Cristo crucificado
vou desvendando minha escuridão...
Mesmo tantas vezes extenuado
vou te cultivando de grão em grão!

Carmen Vervloet

sábado, 14 de maio de 2011

A ETERNA APRENDIZ E A POEMAS À FLOR DA PELE




A menina tímida do interior chegou à Capital trazendo no coração quilômetros de sonhos. Veio para estudar ainda nos seus primaveris onze anos de idade. Rapidamente foi vencendo a timidez e aos doze anos escrevia seu primeiro poema, sempre incentivada por sua professora de português.
E a menina foi escrevendo, escrevendo, e ainda adolescente começou a publicar nos principais jornais, da cidade que a acolheu como filha. E a menina cresceu entre poesias, carinhos, sorrisos, alegrias e também algumas fatais decepções. Foi professora, estilista, decoradora, esposa, mãe e continuou escrevendo, colocando sua alma em cada poesia, alçando vôo nos seus versos, uma eterna aprendiz que sonhava com mundos mais humanizados.
Então veio a interrupção. A menina mulher resolveu ser empresária e jogou-se cheia de paixão nesse envolvente e monopolizador mundo dos negócios. O tempo já não era suficiente para escrever e a mulher para suprir a falta da poesia que tanto amava patrocinou exposições de pinturas e esculturas que davam alento ao frio dia a dia deste novo cenário. Escreveu muito pouco neste longo período de mais de vinte anos, deixando a poesia adormecida em sua alma.
Mas um dia a mulher exaurida decidiu parar. E pensou:
- E agora o que fazer?
E aconchegada lá dentro do seu âmago, sonhando meio sonolenta, respondeu-lhe a poesia:
- Acorde-me e deixa-me voar. Posso levá-la a novos mundos, cheios de encantamentos.
A mulher começou a buscar na internet poetas, entrou para o Orkut e encontrou a COMUNIDADE POEMAS À FLOR DA PELE. Chegou devagar, desconfiada, participou de concursos, até que Stella Vives, a estrela guia, presenteou-a com um espaço. Aí a poeta aprendiz foi se soltando, fazendo amizades, criando laços, fincando raízes. Foi crescendo junto com a Comunidade. Participou de antologias, destacou-se em concursos, conheceu poetas brilhantes, fez amigos virtuais e também amigos na vida real, sempre aprendendo. Junto à comunidade foi ao XXVI Congresso Brasileiro de Poesias de Bento Gonçalves, recebeu em Vitória com Goreti Rocha e Denise Moraes, por ocasião do terceiro aniversário da Poemas, Soninha Porto, Basilina Pereira, Marcinha Martins, Sigrid Spolzino, Leinecy Dorneles, Marineves Rodrigues, pessoas que aprendeu a amar e que conquistaram definitivamente um lugar no seu coração. Estabeleceu definitivamente com a POEMAS À FLOR DA PELE um caso de amor com uma história de alegrias, felicidade, lealdade, respeito, cumplicidade e cultura.
Enquanto a Comunidade Poemas à Flor da Pele tornava-se mulher, passando de comunidade para ASSOCIAÇÃO CULTURAL, renascia a menina, com quilômetros de sonhos e versos para voar num incrível mundo pintado em fortes nuances de emoções.

Carmen Vervloet

segunda-feira, 9 de maio de 2011

POEMINE 37


Vestiu-se de branco
e aguardou o beijo da borboleta.

Carmen Vervloet

OUTONO


No chão, a folha caída!
No rosto, uma ruga!

Carmen Vervloet

sábado, 7 de maio de 2011

MÃE


Mãe... Você que me deu a vida...
Deu-me afeto, ternura, exemplo e amor...
Com carinho tratou sempre as feridas
Enxugou minhas lágrimas de dor!

Sábia... Ensinou-me o reto caminho
E hoje, fragilizada neste momento,
Preocupa-se ainda em arrancar os espinhos...
E anjo... adivinha todos meus pensamentos.

Tantos anos de estradas percorridas...
De luta, suor, trabalho e bravura...
Simples e singela como a margarida,
Sol que ilumina a estrada escura...

Abrigo nos dias de tempestades...
Paciência, zelo, aconchego e perseverança...
Protege-me com afinco das maldades...
Olhar puro de mulher criança!

Nunca a vi reclamar de doenças...
Guarda em segredo sua dor...
De sua boca nunca ouvi sair ofensas
Seu nome deveria ser Amor!

Branca casa de pureza,
Verde árvore enraizada,
Porte altivo de princesa,
Linda flor tão perfumada!...

Agradeço-lhe por tudo que sou...
Agradeço-lhe pela vida que enxergo com cor...
E se hoje sorrindo e lutando estou...
Seus valores em mim você desenhou,
Com a pura seiva do seu infinito amor!

Carmen Vervloet

sexta-feira, 6 de maio de 2011

MÃOS DE MÃE VÍDEO POEMA EM NARRATIVA E HOMENAGEM DIA DAS MÃES



POESIA: CARMEN VERVLOET

EDIÇÃO E NARRATIVA: CARMEN CECÍLIA


Mãe... hoje contemplo suas mãos frágeis e delicadas
e vejo nelas marcas de dedicação delineadas...
mãos que já foram ativas... fortes... tão determinadas,
mãos que amassaram o pão nosso de cada dia,
mãos que souberam ofertar a rosa com alegria,
mãos... onde ainda hoje vibra tanta energia...
Mãos que arrancaram o sustento da vida
com garra e determinação,
mãos que ainda se postam em oração...
Mãos que nos proporcionaram excelente educação,
que sempre mapearam da vida a direção
e indicaram o caminho do bem e do progresso...
Hoje se alcançamos qualquer sucesso
a essas mãos... santas mãos... ele é devido,
mãos que foram à luta...
Mãos que orquestraram em acordes de amor
a vida com sua delgada e suave batuta,
mãos amigas... companheiras...
Mãos de mulher guerreira!
Mãos que em cada delicado gesto
mostraram-nos um rico e intenso universo!
Mãos que nunca se fiaram na sorte
e que nos deram o suporte...
Teceram com trabalho nosso futuro,
mãos que acenderam com sabedoria o escuro...
E como a vida como a lua tem fases,
deixaram para trás o esplendor da lua cheia,
mas em cada uma dessas salientes veias
que marcam essas suas abençoadas mãos
corre o sumo do amor que a nós suas filhas
por toda uma vida devotou... e abençoou...
Um amor ilimitado entranhado para sempre
no âmago do meu ser
que eu sinto de uma forma tão intensa
que com palavras jamais poderei descrever...
Ah! essas santas e abençoadas mãos
que eu venero com toda devoção...
Que eu beijo com amor...
Mãos onde leio a mais linda oração
que nutre e nutrirá eternamente
o meu agradecido coração!

Carmen Vervloet

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A DÁDIVA DA MATERNIDADE


Uma estranha conspiração
frustrou teus desejos...
O sonho foi engessado.
O capitalismo selvagem
quase te fez perder a hora...
Era preciso estudar, conquistar, amealhar,
estabilizar a vida...
E só depois... Só depois semear
o doce fruto do amor.

Padeceste mãe, o medo da porta fechada,
a pressão da gestação não anunciada,
a insegurança do óvulo não fecundado,
do sonho frustrado...
A madrugada congelou lágrimas de dor.
A esperança amarrada por tênue fio,
quase ruiu...
Só a fé acesa em pavio molhado em óleo divino,
jamais se apagou.
Sofreste mãe, mas hoje sorris feliz!
O sol enternecido aqueceu por nove meses
o desejado fruto
germinado com o mais puro amor!
Engravidado com o fogo do coração...

Hoje, um hálito de criança
acaricia teu rosto,
um choro forte soa como música
aos teus ouvidos
e amamentas a tua cria
que só faz crescer e fortalecer
tua vocação de mãe.

Um botão em flor suspira,
enfeita o lar...
Um Anjo chegou suavemente
e brinca no jardim com o beija-flor...
E tu, mãe, derramas lágrimas de emoção
e agradece a Deus
a dádiva da maternidade!

Carmen Vervloet

terça-feira, 3 de maio de 2011

FALAR DE SAUDADE?


Se quiser falar de saudade
terei que voltar no tempo,
vou ter que retroceder na idade,
buscar guardado um antigo sentimento.

Momento sublime que ficou para trás
plantado em segredo na terra do coração,
e porque não fui nem audaz, nem capaz,
perdi-o, num vacilo, em tumultuada estação.

Agora o procuro, com um nó na garganta,
chorando o meu amargo desgosto...
Não soube cultivar emoção tão santa
e só em lembranças vejo seu pálido rosto.

O tempo chora o desespero da perda,
gestos impensados de um coração imaturo
que partiu por um desvio à esquerda
em vez de transpor apenas um pequeno muro.

Hoje... já não há mais tempo para lamento,
a dor libera o açoite encharcado em agonia...
Na memória faço o meu acampamento,
busco num veleiro nebuloso, a perdida alegria!

Carmen Vervloet