terça-feira, 25 de agosto de 2015

Chama


 

 

Já nem sei se me matei
Ou se me atiraram de um penhasco
Se mataram os sonhos que sonhei
Ou se os prendi dentro de um frasco.
 
Vida, labaredas que queimam,
 Vida, tempo que se acaba,
O coração e a mente teimam
Em enfrentar de frente esta saga.
 
Sei que me perdi de mim
Embaracei-me em seu mistério,
Manchei a alegria com nanquim,
Distraí-me entre tantos critérios.
 
Mas a sua chama persiste em mim
E os meus pés insistem em caminhar...
Sei que não vou pisar sobre cetim,
mas entre pedras hei de me encontrar.
 
Carmen Vervloet
 
 

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