sábado, 29 de dezembro de 2007

ANO NOVO PEREGRINO

Ano Novo Peregrino

Sinto-me eterno peregrino
Caminhando pelo tempo
Sou meu próprio destino
Vou e volto
Num estalo do pensamento...
Morro a cada
Trezentos e sessenta e cinco dias
E renasço entre sonhos e euforia...

Morro levando comigo
As tristezas, os desencantos...
As dores, os prantos...
Porque enquanto vivi
Muitas oportunidades, perdi...

O relógio bate doze vezes...
Anuncia à meia noite...
É hora do meu enterro.
Sepulto junto comigo...
Angústia e desespero...

Mas a minha sabedoria
Ditada pela minha idade
Sopra-me sempre a verdade...
Uma nova realidade...
E renasço para fazer acontecer
O que deixei de dizer
Ou quem sabe antever...

Renasço e volto em barca
De nuvens brancas...
Leves... Soltas...
Puras... Pleno de autoconfiança...
Trago a paz e a bonança...
Junto com a esperança...

Entrego um a um o meu presente...
Com o qual, cada qual,
Desenhará o seu futuro...
Optando entre ser infeliz ou feliz...
Entre a mágoa ou o perdão...
Entre estar sozinho ou dar a mão...
Entre o partilhar ou a ambição...
Escolhendo entre a rua escura
Ou o sol que se insinua...
Em raios de ternura...

E cada um seguirá o seu caminho...
Transformando-o em belo jardim...
Arrancando as pedras... Os espinhos...
Perseguindo seus sonhos... Assim!...
Enquanto a noite descansa
Nas franjas da lua
E aguarda o alvissareiro despertar
Do seu coração...
É dentro dele que cochila
A sua felicidade!...

Carmen Vervloet



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