quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Segundo Ensejo da Criança (Abandono)

Segundo Ensejo da Criança
(Abandono)

Mas se moram nas ruas
Dormindo em calçadas...
Sem teto...
Sem roupas...
Nuas...
Sozinhas... Abandonadas...
Em drogas viciadas...
Buscando o torpor
Para substituir o famigerado amor!...
Roubando o pão que lhe foi negado...
Direito seu, usurpado...
Por governantes inescrupulosos
Que se mostram bonzinhos
Mas tiram-lhes tudo...
Até o carinho!...
Tristes... Desesperançadas...
Almas revoltadas!...
Sem escolas, sem profissão...
Sem banho... Pés no chão...
Sem saúde... Doentes...
Como pretender que sejam decentes?
E assim vão se formando os marginais
Na escola da miséria...
Do abandono...
Onde quem deveria ser o patrono
É o ladrão
Que põe a culpa no mordomo
Dando como solução
Presídios em edificação!

Ah! Meu Brasil amado!...
Você precisa de políticos ponderados!...
De homens sensíveis... Iluminados!...
Berçando sonhos jamais realizados!...
Acendendo a luz em corações
Tão machucados!

Carmen Vervloet


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