terça-feira, 15 de janeiro de 2008

DOCE ÁGUA DOCE


DOCE ÁGUA DOCE

Brota do olho
Da terra que chora...
E ainda menina...
Acetina o chão...
Eterna adição...
Corre entre trilhas...
Reflete a luz... Brilha...
E num crescente...
Fonte... Nascente...
Dá-se gratuitamente
A semente que germina...
A flor tão pequenina...
Aos bichinhos sedentos...
As plantas em crescimento...
As lavadeiras de sonhos...
Aos homens em desalinho
Com a essência da vida...
A sua mais preciosa bebida
Em extinção...
Sem zelo, nem proteção...
Poluída...
Por almas perdidas...
Homens insanos...
Comprometidos com planos...
De riqueza... De poder...
Anestesiados... Sem perceber...
Que sem você,
Água cristalina...
Doce água dançarina...
Que sem você...
Tudo é incerto...
Sem vida...
Deserto!


Carmen Vervloet

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