Com as lágrimas de meus olhos
e o minério do Porto de Tubarão,
eu fiz a base da minha poesia.
Na descrença da vida futura saudável
ergui com o coração sangrando
sua terrível arquitetura.
Um cemitério sem Deus
e sem santos protetores,
onde todos, sem distinção,
serão encobertos pelo preto pó
e todos os túmulos serão
erguidos em ferro.
Vivemos no reino do lucro!
O rei é o dinheiro...
Venham irmãos!...
É carnaval!
Sambemos sobre este pó
que alucina,
enquanto há vida!
Deixem a vassoura descansar!
Carmen Vervloet
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