terça-feira, 5 de novembro de 2013

Levantando Âncoras

 
O sol estende seu brilho sobre a cidade,
nos ouvidos o frêmito do vento nordeste,
meu coração à deriva entre o sul e o leste
perdido entre a superfície e a profundidade..
 
Não sei se eu vou ou fico ancorada...
Mas anseio por aquela doçura que não enjoa,
e se a vida estará amanhã mais abreviada
creio mesmo que devo tocar minha canoa.
 
Partir em busca da força que não agride,
navegar seguindo o rumo da intuição,
esquecer raiva, mágoa, revide
e aportar onde pisque a luz da compreensão.
 
Como cigarra pousar sobre uma folha amarela
E cantar... cantar... cantar... cantar...
Acompanhada por orquestra de pássaros ou à capela...
 cantar a alegria, a vida, até que me falte o ar.
 
E então desfazer as amarras, levantar âncoras, içar velas!
Navegar pelas oportunidades com ousadia,
partir pelas ocasiões favoráveis com empenho e sem tutela!
 
Carmen Vervloet
 
 
 
 

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