sexta-feira, 15 de maio de 2015

Canção de Cetim




 

Bruxas, corujas, almas penadas,
que surgem na madrugada,
no balanço das rajadas,
que esbarram nas quebradas,
vão cantar longe de mim...
Nas rendilhas das aranhas
façam a sua barganha,
troquem a sua sanha,
 deixem quieta a minha manha,
gosto de viver assim...
Bruxas, corujas, almas penadas,
que surgem na madrugada
atrás da insônia agachadas
vão ciscar em outra estrada
que meu sono é de cetim.
 
Carmen Vervloet
 

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