segunda-feira, 25 de abril de 2011

ROSA DESFOLHADA


Desnudo minh’alma nestes versos...
Triste e angustiada desfolho
minhas pétalas na noite vazia...
Sou rosa pálida que murcha a cada dia!
Perco o viço, a maciez, a energia,
murcho, murcho, murcho
e solto minhas pétalas sobre selvas de pedras,
ou desertas pradarias...
Múltiplos pensamentos, tristes sentimentos,
sem sol, sem brisa, orvalho e hospedaria!
Vago inquieta por entre correntes de vento,
em lamento!
Volto ao meu jardim e
grito, grito, grito
por um naco de afeição...
Morro sem carinho como quem morre de fome,
à míngua, sem um pedaço de pão!...

Carmen Vervloet

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