terça-feira, 31 de julho de 2012

LÁGRIMAS TURVAS

RIO TIMBUI


Passa o rio chorando mágoas,
derramando lágrimas turvas,
no baço de suas águas
esbarrando em cada curva.

Já não enxerga o pequeno
as flores à sua margem,
nem os grânulos morenos
que dão nuances à vargem.

Pobre rio tão poluído
caminhando para o mar,
vai correndo combalido
vendo o fim o abraçar.

Corre rio fios de vida...
Presságios escapam nos versos,
no peito se abre a ferida,
na tristeza tombo imerso.

Carmen Vervloet

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