quarta-feira, 24 de abril de 2013


Ás vezes a vida é tão má
e tanto açoita, que tenho
que lançar mãos de subterfúgios
e imaginá-la diferente.
Crio um dia azulado,
um sol radiante,
barquinhos a navegar calmamente
num mar tranquilo
e a boca do vento soprando
muita paz, muita paz!
E a paz vai lentamente
entrando em mim...
Então as dores batem asas
e fico apenas com o canto
do meu canarinho interior.

Carmen Vervloet

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