segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Algoz

O tempo mastiga os homens:
mandíbulas  frenéticas,
sem tempo pra degustar.
Alimenta-se deles sem dó
e deseja (inconsciente?)
 que logo virem pó.
O tempo sorve os homens,
como o mar sorve embarcações,
levando-as para abaixo da superfície,
num mergulho profundo e sem volta.
O tempo dejeta os homens:
o abatimento, a doença, a morte,
o silêncio, a solidão...
 
Carmen Vervloet
 
 

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