quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Sonho Dourado

 
Um leve roçar de dedos
E à flor da pele vibravam sensações...
 No corpo receptivo, sempre o mesmo enredo,
O tanger de cordas em pulsações.
 
Na parede o relógio marcava a hora
E uma linda melodia
Vinha do long-play lá de fora,
O espelho, sempre atento, vibrava de alegria.
 
Hoje o tempo passou e tudo ficou na memória...
O espelho, no seu cristal, guardou nosso perfume,
O relógio parou preservando o apogeu da história
E o amor acabou envolvido em ciúme.
 
Apenas a aparição da lua à flor do mar
Suaviza “questo ricordo” tão antigo...
O tempo se incumbiu de abrandar
O sonho dourado que vivi contigo.
 
Carmen Vervloet
 
 

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