terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Praças

 
As estátuas azinhavradas
guardam seu silêncio de bronze.
Os bancos de cimento
simbolizando a selva de pedras, vazios...
Apenas um ou outro mendigo
dormindo sobre sua superfície gelada.
Já não se vê carrinhos de bebê
e suas amas de avental branco...
Os riscos iminentes mantêm
as crianças reféns do computador,
presas nos seus apartamentos
 cada vez menores.
A insegurança tolhe a liberdade,
tolhe a alegria
e incentiva o medo,
provocado pela consciência do perigo.
Onde se esconde o barulho
da meninada brincando de roda,
jogando peteca, andando de bicicleta
em torno das praças?
Onde está a segurança
que existia no passado?
Ouço apenas o farfalhar das folhas
movidas pelo vento.
No mais, um silêncio sombrio...
Ninguém responde!
 
Carmen Vervloet
 
 
 
 

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