quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

MELINDRES DA POESIA



Pensas que a poesia se abre lentamente,
como flor que se espreguiça ao sol.
A poesia sempre está latente,
mas nem sempre se acende ao arrebol.

Deixe que a poesia te provoque
na calma da noite silenciosa...
Não grite por ela, nem a evoque,
a poesia é como moça misteriosa!

Ela tem faces secretas,
dependendo da inspiração, é afoita ou discreta.
Entorna-se qual água de nascente
se o coração que a acolhe é indulgente.

Deixe a poesia passear por sua alma...
Não a force a se levantar precocemente do berço!
Deixe-a amadurecer com calma,
depois desfie a poesia como quem desfia um terço.

Carmen Vervloet

Nenhum comentário: